quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Only a new love?

Parece tão bobo amar... Tão bobo sentir isso... Um sentimento rotineiro, sem mais nada. O amor é só isso? Só algo que passa? Algo que dura, mas que também não é nada de mais?
Se talvez seja assim que se sinta, é que ainda não sentiu o amor de verdade. Amor não é simples, não é 'um sentimento', não é nada bobo! Ah, o amor... É o sentimento mais bonito que o homem inventou. Que nos faz sentir únicos, incríveis, perfeitos...
É tão simples e perfeito!
Não era acidente, muito menos um erro, era simplesmente o amor que ele guardou para ela a vida inteira.

Era um dia normal de escola. Chato, chato, chato, normal mesmo! Ela subira as escadas, até o último andar onde era a sua sala, como sempre ele viera atrapalhar, como sempre implicou com ela, riu dela, mas deixou a passar. A cada mínimo dia que se passava, a menina mais o odiava. Odiava o jeito que ele falava, o jeito como ria, o jeito de escrever, odiava ele, esse era o fato. Como alguém poderia implicar tanto com ela? Por mais que eles se odiassem, jamais ele desistira de atormentá-la, para ele parecia um joguinho pessoal.
Era o último dia de aula, para as férias, ela não estava em seus melhores dias, não queria vê-lo, não queria que ele falasse com ela, muito menos irritá-la.
Ela fizera o mesmo caminho de sempre. Subira as escadas para encontrá-lo. Ele escondia a mão atrás, nas costas e a cabeça baixa. Ela imaginava um pedido de desculpas, um 'foi mal' era com certeza o máximo que conseguiria arrancar dele.
Ele olhava seus pés se movimentando, num ritmo lento e estranho, jamais o vira daquele jeito. Ele deveria estar mal, mas por que estava demonstrando, essa pergunta pairava sobre sua cabeça.
Era só o último dia, só isso, não se importaria se ele a irritasse, vendo o estado dele. Ela acenou para ele, a fim de tentar fazê-lo perceber sua presença. Ele enfim a olhara, seus olhos eram jubilosos, nunca havia notado a tom amendoado que eram.
Ele se sentou, fitando-a a todo momento, e fez com ela se sentasse também. 'Não faz diferença' ela se lembrou revirando os olhos.
Ele voltou a olhar seus pés, sentado. Ela ergueu os olhos para ver o que tinha nas mãos, era uma pequena rosa, tirada ao certo do jardim da vizinha, e um papel amassado, uma folha de caderno na verdade.
Ela estendeu a mão, como se quisesse pegar, ele imediatamente entregou a ela, sem nem ao menos dizer nada, estavam em silêncio.
Ela passou os olhos pelo poema, amassado e cheio de carinhas felizes e envergonhadas. 'Bom desenhista' pensou.
Em cima, no topo da carta, havia seu nome, escritos em letra maiúsculas e sublinhado. Seus olhos passavam pelas palavras lentamente e fora lendo.

"Sei que para você é estranho, eu, sabe, bem... Nunca te vi dessa forma, ou melhor ignorava o que sentia, ignorava ver o que eu não queria. Mas finalmente tudo veio a tona, não consigo mais me enganar, muito menos ao meu coração.
É estranho, um menino como eu, me apaixonar, parece bobo, na verdade parece ridículo, mas foi o que aconteceu, é o que eu sinto.
Quero me desculpar também por esse ano, por tudo o que eu fiz! Sei que foi errado e infantil, mas eu tinha que me impedir de gostar de você. Sabe a velha história que o amor e o ódio andam juntos? Foi nisso que eu pensei!
O meu ódio é tão grande que eu acabei te amando, secretamente.
E resumindo tudo, porque eu falo demais:
'I wanna someone to love me for who I am'
Beijos"

Ela chorou, foi só uma lágrima, um arrepio surgiu em seu corpo. O ódio andava com o amor em seu coração. Ela então o amava?
Teria as férias inteiras para descobrir!

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