quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Purpurina das fadas... [2]

Sei que não é a hora certa para escrever e talvez o que eu escreva seja só besteira, mas era o que estava pensando enquanto bebia um copo d'água. Agora são 1:42, sim da manhã, sim é (era) Natal.
Achei importante destacar estes fatos.
Lá estava ela elegante, não como sempre, pois se vestia de forma simplória. Pela primeira vez todos do salão repararam nela, suas bochechas ardiam e rosavam a cada comentário, que chegara a seus ouvidinhos, da corte. Nunca esperou ser o centro das atenções, muito menos olhar nos olhos dele e ver o mesmo brilho no olhar.
Ele, na verdade, jamais a olhara. Ela era invisível, transparente. Ele é mais velho, seus cabelos ondulados castanhos, sempre desarrumados e lindos.
Nunca havia o visto tão bonito. Vestido em um terno de bom caimento e uma gravata vermelha vistosa. Parecia um lord, um príncipe, o amor de uma vida.
Apesar de debochado e brincalhão, das pouquíssimas e raras vezes que nos falamos, falava manso, com sua voz de veludo.
Sabia muito bem que não permitiria que nada acontecesse. Ele não se interessava por ela. Mas naquele instante e cada segundo que seus olhos se bateram, foi emocionante, e ele vindo em sua direção foi algo que jamais conseguiria imaginar.
Mas ao retirar a purpurina das fadas, que lhe cobriam os olhos, viu que era um sonho! Só um sonho... Fora mesmo, só um sonho? Algo que a alma foi sugada, o coração tremia e pulsava rápido. Algo especial. Uma coisa que só o coração conseguiu SENTIR!

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