segunda-feira, 21 de março de 2011

Ela? Deixou de acreditar...

Toda as chuvas que caiam pareciam filmes que rodavam automaticamente na cabeça dela. Pensava a chuva molhando a testa deles, seus cabelos bagunçados pelo vento.
As músicas se encaixavam, junto com seus sentimentos, que corriam pelas veias. Fluindo pelo seu corpo.
Lágrimas, lembravam-no. Música, a faziam chorar.
As coisas faziam um confuso sentido na sua cabeça de amante, apaixonada. Mesmo que não fizesse, ela com certeza acharia um modo que as coisas se encaixassem, mesmo que não devessem...
Tinha tanta certeza de que poderia ser feliz. Não acreditava nesse futuro duro, que os outros falavam. Seu mundo era o suficiente para viver feliz e (in)completa (e ele?).
Necessitava de abraços, carinhos, ombros e sorrisos. Sempre os conseguia, mas não parecia ser o suficiente. Não estava tudo certo.
Seu estresse aumentava.
Sua tristeza, já não era mais contida em textos. Passou a ser expressada, a ser sentida e demonstrada.
Seu ciúme, fugiu de seu próprio controle. Ciúme do que não se tem.
Desacreditou. Desiludiu. Desinfantilizou. Desinocentou.*
A capa de seu mundo, o que a protegia, foi rompida. Rasgou-se. Impossibilitando-a de voltar a viver como antes.
Sua voz sumiu. Sua inspiração ficou para trás. Sua imaginação havia desaparecido. As lágrimas secaram. A tristeza a tinha tomado?
Seu mundo, fora esquecido. Viveria agora, plenamente, nesse novo mundo?
Sobrevivência. Força. Ódio. Re-a-li-da-de.
Passou, a viver nesse mundo.
Boa sorte, menina. O mundo é mais cruel do que o seu.
Viva a sua realidade... Tentando torná-la melhor.

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