sábado, 28 de fevereiro de 2015

Obrigada, mas não obrigada


Chega uma certa fase da sua vida que todos ao seu redor resolvem "se resolver". Os problemas deixam de ser "Ninguém me ama" para "Briguei com o meu namorado!". O mundo inteiro, ou meu pequeno e singelo grupo de amigos passa a se relacionar com outras pessoas. E ai pronto.
Parece recalque, mas não estou reclamando do fato deles terem arranjado alguém. Pelo contrário fico imensamente feliz que cada um possa ter encontrado alguém que acrescente a cada um deles algo especial. O que mais me incomoda é a preocupação constante em ter que me ver no mesmo barco.
"Porque você vai ser a última.", "Não, deixa que eu te ajudo a arrumar alguém.", "Aquele cara sempre deu em cima de você, porque você não dá uma chance?" Obrigada, mas não obrigada. Eu estou bem. Não é porque me encontro na solteirice desde sempre que isso esteja me incomodando. Acho que na verdade isso incomoda é aos outros que me veem assim.
Eu, sinceramente, já tive fases que eu realmente quis alguém para dividir um cobertor em uma noite chuvosa, alguém para deitar no colo e fazer carinho ou alguém para telefonar de madrugada sem se passar por uma doida varrida. Mas hoje, de verdade, não me importo com o momento que vivo. Gosto de estar solteira, gosto até um pouco mais dessa vida. Posso sair sem informar a ninguém, posso olhar diferente para o rapaz bonitinho da festa, posso sair com só amigos homens sem ter que ouvir qualquer reclamação.
Afinal, estar solteira não é o fim do mundo. Nunca foi. Hoje, eu estou realmente bem. Me sinto a vontade com essa condição. E se os outros se incomodam com isso, eles que se mudem, porque da minha vida eu acho que ainda sei cuidar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário